segunda-feira, 27 de novembro de 2023

DEMÉTRIO MAGNOLI É MEMBRO DO "FEBEAPÁ(FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA O PAÍS)", DE STANISLAW PONTE PRETA

 O Demétrio Magnoli é o único que achou péssima a indicação de Flávio Dino para o STF , entre outras razões porque, segundo o jornalista, Dino "não tem notório saber jurídico". (Globo News "Em Pauta" de hoje). Não é uma gracinha esse Demétrio? Acho que tá na hora de ele se aposentar. Ou de formar dupla com Alexandre Garcia. Xandim e Magnólia.

Barão da Mata

domingo, 19 de novembro de 2023

DR.ARNALDO CABEÇA, O PSICANALISTA, E A FOBIA DE CARECA


 Saudações, meu público!  Hoje respondo a mais um leitor aflito, esperando trazer-lhe esclarecimentos e proporcionar-lhe alguma tranquilidade.

SR. JADIR BOZONAROS:  Tenho tido sonhos terríveis!  São sempre com um homem de cabeça totalmente raspada que me conduz aos empurrões  a um calabouço escuro e me deixa lá trancado, mofando,  ignorando meus gritos incessantes de socorro.   Em consequência disso, toda vez que vejo um careca nas ruas saio correndo e gritando que me acudam.

DR. ARNALDO CABEÇA: Isso é um quadro sério de patologia xandofóbica suprêmica.  Normalmente o isolamento em algum país distante traz bons resultados.  Na impossibilidade de deixar o país, entretanto, atos como um simples suicídio têm sido praticados com sucesso absoluto!

Aqui me despeço, desejando felicidades a todos os meus seguidores.  Tudo de bom a todos! E não se esqueçam:  libido é tudo!


Barão da Mata

AS AVENTURAS DE JONAS, O SALAFRÁRIO -- EPISÓDIO DE HOJE: "O SEXO DOS ANJOS

 Quando o deputado Sandro Lessa, que defendera o debate sobre o sexo dos anjos, deixou o plenário, foi logo cercado por Jonas Pereira Jojoba, que se fazia acompanhar de Armando Lontra, conhecidíssimo lobista.

- Pô, Lessa, gostei da tua ideia!
- Mesmo? Obrigado. - e tentou sair andando, mas foi parado pelos dois.
- Ô Lessa, peraí, cara! Tu não percebeu a magnitude da coisa?
Lessa parou a pensar por momentos, respondeu:
- Ué? Você não sabia que essa discussão é só pra desviar pra ela própria a atenção da opinião pública, enquanto a gente discute o fim de um monte de direitos dos trabalhadores...? Foi isso que nos encomendaram: fazer um alarde sem tamanho em torno de um assunto sem importância e votar na surdina temas que vão prejudicar as classes trabalhadoras.
- Sei disso - ratificou Jonas - Sei e tô dentro da jogada, meu filho. Não é à toa que a mídia vai dar amplo apoio e divulgação à questão do sexo dos anjos, porque é preciso desviar os olhares da classe trabalhadora.
- E não podia deixar de dar - continuou Sandro Lessa - se eles, donos de jornais e de tevês empregam um monte de gente e vão também se beneficiar...
- Sem contar os incentivos fiscais - entrou o lobista Armando - verbas para custeio de projetos próprios, porque o governo e os políticos desta Casa, na maioria patrões, sabem ser gratos a quem os apoia, principalmente sabendo que vão precisar sempre desses mesmos que hoje lhes dão sustentação... Mas não é essa a questão.
- É! Apoiou Jonas - Não é essa a questão.
- Então - indagou Lessa, já meio impaciente - qual é questão?
Jonas gesticulou:
- Pô, Lessa, tu não sacou?!
- Pô, Excelência, tu não sacou? - apoiou Armando.
- Não. - respondeu Lessa.
- É o seguinte - começou a explicar Jonas: - Esse negócio de sexo dos anjos, com ampla cobertura da mídia e coisa e tal, vai permitir que a gente evite alguns temas realmente polêmicos, como também destrua direitos sociais sem ninguém perceber, além de ter um ponto muito mais interessante..
- Mais interessante?
- É, Lessa! Di-nhei-ro pú-bli-co pa-ra a pes-qui-sa do se-xo dos an-jos, en-ten-deu?!!!
- Ah! - atinou Sandro Lessa.
- Pô, Excelência ! - manifestou-se o lobista.
Sandro, animado, quis logo os detalhes:
- E como a gente vai fazer?
- É aí que eu entro - disse o lobista - Eu conheço um mago que "sexangeia"
como ninguém...
- "Sexangeia "?
- Pô, Excê! Um cara que vive de desvendar o sexo dos anjos... Vai cobrar uma fortuna!
- Mas peraí - replicou Sandro - Se ele vive de desvendar, então já descobriu, não é preciso pesquisa...
- Pô, doutor, não é bem assim...
- Ué? Mas se ele vive de desvendar, como já não sabe?
- Pô, Excê! Ele vive de desvendar, mas não quer dizer que ele saiba...
- Ué? Como é isso, então? Se vive de desvendar e nunca desvendou, então passa fome, já que nunca desvendou?
- Não disse que nunca desvendou, Excê.
- Ele então já sabe qual é o sexo.
- Também não disse isso, doutor.
- Ora, seu Lontra, então me explica essa história de uma vez por todas!
- Pois é, doutor, não tem explicação...
- Ora, seu Lontra, mas como assim?!
- Não sei assim como, Excelência, mas é assim que vai ser.
- Ué?!
- Pô, Lessa, acorda! - interveio Jonas - É assim que vai ser pro povo! É pra não entender nada mesmo! As pessoas não vão entender nada, mas vão se interessar pra caramba!
- Aaaah!
- Entendeu, doutor?
- Agora, sim!
- Pois é, doutor. Quanto menos nosso mago definir as coisas, mais dinheiro será necessário pra pesquisa. E nada se descobre, e haja pedido de verba pública pra continuar a pesquisa!
- E quem vai aprovar?
- Nós, os parlamentares, Lessa!
- E os "home" lá vão estar de acordo?
- Bicho! - contou o lobista - Já falei com eles: tem um bocado de gente entre eles que já tá escolhendo os iates pras suas amantes.
- Ah, bom!
- Vamos lá, Lessa! - Jonas bateu no ombro do outro parlamentar. - Vamos arregaçar as mangas e pôr mãos à obra. É hora de faturar, meu nego! Faturar, meu filho! Faturaaaar!
Os três trocaram abraços, sorrisos e elogios, e Armando Lontra ainda disse em tom solene e emocionado:
- Não podemos perder a oportunidade de ser inseridos neste momento histórico. São homens como nós que constroem os destinos da nação.


Barão da Mata

JONAS, O SALAFRÁRIO

 Jonas já nasceu salafrário. Ainda no berçário, sempre desandava a chorar. Não porque tivesse febre, fome ou dor de barriga. Fazia-o apenas para que a enfermeira, que usava uniforme decotado e dispensava sutiã, se debruçasse diante dele e lhe permitisse ver os seios. Aos dois anos, na creche, vendia leite falsificado, feito com água e farinha de trigo, às outras crianças, recebendo o pagamento em balas ou doces. Colocava maracujina no suco de laranja das coleguinhas e aproveitava-se do sono dessas para pintar-lhes os rostos com tinta guache.

Quando entrou para a escola, procurou sentar-se na primeira fila, bem diante da mesa da professora. Não que fosse aluno aplicado , interessado nas aulas, mas porque ela se descuidava vez por outra ao sentar-se , abrindo as pernas sob a mesa, o que dava-lhe condições de ver-lhe as calcinhas.
Na adolescência, já a sua primeira namorada foi conquistada de um modo não lá muito ético. É que o nosso protagonista tinha um colega de classe um tanto quanto tímido, que interessou-se por uma menina de uma outra turma, que correspondia aos seus sentimentos; entretanto, como o rapazinho não se encorajava a declarar-se direta e pessoalmente, resolveu um dia mandar recado pelo amigo:
-- Diz a ela que eu tô apaixonado . Se ela gostaria de ir ao cinema comigo...
O nosso rapaz, todavia, como também se sentira atraído pela mesma menina, tornou a mensagem extremamente diversa da enviada:
-- O fulano pediu a você que o desculpasse, mas que não alimentasse qualquer esperança com relação a conquistá-lo, porque gosta de meninos e não dá a mínima pra meninas.
Ante a perplexidade da mocinha, continuou:
-- E disse mais, só que pra mim em confidência: que você é uma bobalhona que se apaixonou tanto por ele, que é incapaz de namorar qualquer outro rapaz deste colégio. O que é uma pena, já que eu tô tão interessado em você e...
-- Você topa me namorar?! – atalhou a colegial, magoada, furiosa e resoluta.
O colega de classe de Jonas ficou sem entender nada, porque a moça passou a virar-lhe o rosto a partir de então, além de namorar o seu desleal mensageiro.
--A gente não entende as garotas. – explicou-lhe o infiel colega  uma vez – Quando eu fui dar o recado, ela me disse que não tinha o menor interesse em você e que eu, sim, sou o rapaz dos seus sonhos.
Não chegou, ao completar dezoito anos, a ingressar nas forças armadas, graças a um atestado médico de insuficiência física, atestado com timbre de um hospital público que obtivera de um falsário. Liberado de suas obrigações em relação à pátria, resolveu, no entanto, mesmo depois de vinte e tantos anos, não ingressar no mercado de trabalho.
--Querem vocês -- dizia a seus críticos – que eu engrosse essa camada de trabalhadores explorados que padecem neste país? Abster-me de trabalhar é antes de tudo um protesto contra a perversa relação de trabalho que grassa nesta nação.
Houve uma época em que deu a impressão de querer dedicar-se à caridade, e não é que alugou um terreno, armou um "stand" e montou uma igreja, a Igreja do Jesus Miraculoso, onde fazia enxergar os cegos, ouvir os surdos, falar os mudos, numa sucessão de milagres jamais vista? É bem verdade que cobrava donativos pesados, mas explicava a suas ovelhas que a igreja era de Deus e Deus não era mendigo para receber parcas esmolas, além de pô-los a par de que precisava dar continuidade à sua ( a dele, Jonas) obra incomensurável e magnífica: a construção, para os seus seguidores, de um condomínio de moradias no Céu.
Essa história toda de condomínio celeste, milagres, caridade só deu em água por culpa de uma mulher mal-amada, disposta a jogar por terra toda a vastidão do trabalho do nosso pastor. É que um dia, mal Jonas acabara de fazer enxergar um cego que o era há já dez anos, a mulherzinha gritou do meio da multidão:
--É mentira! Esse homem nunca foi cego!
O pastor indignou-se e dirigiu-se a ela com a autoridade moral natural e peculiar dos homens do Senhor:
--A senhora duvida de um milagre de Deus?
--Deixa de palhaçada, seu safado! Ele é meu marido e fugiu ontem com a vizinha. Pelo menos até ontem tava enxergando muito bem!
Foi um corre-corre danado, o falso cego levando guardachuvadas da mulher, gorda e mal-vestida, Jonas fugindo à ira da multidão, as pedras atingindo-lhe os calcanhares, e o episódio mostrando-nos mais uma ironia da vida, onde se pode descer da magnitude à execração, do mais elevado pedestal à situação mais chã. Assim o nosso amigo sofreu o primeira grande revés de sua vida.
Mas tinha capacidade para reerguer-se! E o conseguiu através de um casamento bastante ... digamos... satisfatório. A mulher era um pouco mais velha, se levarmos em conta que ele contava uns trinta anos e ela, setenta e cinco. Uma viúva doente e que herdara alguns bens do marido...
--Vejam só, meus amigos – costumava comentar entre os companheiros de copo, no período de recém-casado – duas bênçãos vieram a mim ao mesmíssimo tempo: o amor e a boa-sorte.  E, num gesto de auto-exaltação:--É a recompensa pela bondade, meus irmãos! Eu me dei à caridade, à probidade e à honradez. Deus me deu uma bela e remediada mulher por minhas obras e minha conduta neste mundo.
A conduta de Jonas dispensava comentários, a expressão remediada se adequava perfeitamente à situação financeira da mulher; todavia, bonita era uma palavra jocosa para se fazer alusão à mencionada senhora. Ela tava  "no bagaço", tinha setenta e cinco anos e aparência de oitenta e cinco. Tanto que o recente esposo tinha dificuldades em cumprir suas obrigações conjugais, sendo em muitas das noites auxiliado (ou melhor, salvo) pelos soníferos que vivia a colocar nos sucos de tomate que a pobre mulher tinha o hábito de tomar após o jantar.
Enfim, a senhora morreu no tempo mais ou menos previsto por Jonas, mas este não viu sequer a cor de sua herança, pois os credores da finada deixaram-na pobre como um indigente poucos dias antes de sua morte, com todos os bens e as contas bancárias penhoradas.
Foi aí, então, que o nosso homem teve a sua segunda queda na vida .
Nosso amigo houve assim de enfrentar a dura luta pela sobrevivência. Teve de se valer de pequenos expedientes como vender pardais pintados de amarelo para passarem por canários e fazer outros pequenos "bicos", tudo pelo suado pão dos dias. Outros biscates, aliás, de vez em quando lhe rendiam ganhos bastante razoáveis, sobretudo com o golpe da mulher adúltera.
Esse golpe era, aliás, bastante simples: Jonas associou-se a uma morena dotada de inúmeras e inquestionáveis virtudes – bunda grande, peito em pé, coxas grossas e torneadas, olhar lascivo e lábios carnudos – que, quer num ponto de ônibus, "shopping" ou que lugar fosse, olhava insinuante e insistentemente para o sujeito que lhe parecesse ter a carteira recheada. A vítima se aproximava, os dois conversavam e trocavam lisonjas, Celina, a morena, convidava-o a ir à sua casa, esse ia, os dois se despiam no quarto, ela fazendo que antes o indivíduo deixasse as roupas sobre uma cômoda que ficava bem próximo à porta do quarto. A cama ficava bem longe da cômoda e encostada à janela, e, quando os dois iam iniciar o ato sexual, Jonas, que sempre passava todo o tempo escondido na sala, gritava:
--Sua vagabunda! Desta vez eu mato você e o seu amante! –e metia a mão na maçaneta, abrindo a porta e surgindo diante do coitado com um revólver sem bala em punho.
Jamais um dos pegados no truque quis ir até a cômoda para pegar as roupas e a carteira, todos pulavam a janela nus como estavam. Os dois cúmplices riam muito nessas ocasiões, dividiam o dinheiro e Jonas é que se regalava nas carnes bronzeadas da gostosona.
Essa sociedade só se desfez porque o nosso amigo sofreu o seu terceiro golpe. Houve um dia em que Celina gostou de verdade de um sujeito, um cara grandalhão e musculoso como um hércules. Quando o tal estava nu e Jonas começou a bradar, a morena segurou o parceiro pelo braço, impedindo-o de pular:
--Não pula não, meu bem, que o revólver é de brinquedo.
Jonas arregalou os olhos, quedado, viu de repente aquele gigante nu crescer diante dele, e apanhou copiosamente... numa surra memorável, inesquecível.
Sumiu durante umas três semanas. Quando reapareceu, entrou no bar lotado de conhecidos, o ar compenetrado, e não sorriu nem aceitou as bebidas que lhe foram oferecidas.
--Senhores! – bradou solenemente – Quero pedir-lhes o silêncio por um momento, apenas para dizer-lhes que estou de partida.
Quiseram dizer alguma coisa, mas ele os conteve com um gesto, seguiu:
--Um homem deve ir sempre ao encontro de seus iguais e seus pendores, um homem deve ir sempre ao encontro de seu destino. Adeus, senhores! – e saiu botequim afora, sem atender a qualquer voz que o chamasse, sem dar qualquer explicação.
Sumiu do bairro, nunca mais ninguém o viu nem soube dele. E vez por outra ficavam a conjeturar sobre que rumo tomara na vida, o que quisera dizer com suas poucas e formais palavras. A que iguais se referira? A ladrões, vigaristas, golpistas, assaltantes? Não, assaltantes não: Jonas nunca fora violento. Nem os tais iguais deveriam ser desonestos, mas tão somente tristes, já que ele tinha o ar tão sério e compungido... E o que quisera dizer quando falou em ir ao encontro de seus pendores? Vigarice, calhordice, desonestidade...? Não, pois e o semblante tão austero...? Além disso, aquela merecida surra provavelmente o havia regenerado. Ele falava de algum pendor sério, talvez para a tristeza – não é o que sugeria em sua expressão? Reunir-se-ia a outras pessoas tristes, uma associação dessas de anônimos que há por aí. Ou quem sabe tornar-se-ia monge, viveria num mosteiro em lugar ermo e distante...? Não, meu Deus! Estaria ele pensando em suicídio, juntar-se a outras almas igualmente tristonhas? Meu Deus! Que tragédia! Foi isso que quis dizer ao referir-se a ir ao encontro do próprio destino! Só podia ser! Ir em busca de seus iguais era ligar-se no plano sobrenatural a outras almas infortunadas, o infortúnio era o seu pendor, e a morte, o meio de chegar a tal destino. Os boatos rolavam com frequência.. Jonas se matara. Jonas fora para um mosteiro. Jonas tornara-se um eremita. Integrara-se a uma quadrilha de falsários. De vigaristas. De assaltantes. Jonas casara-se com uma milionária, morava no estrangeiro.
E assim os rumores foram indo e vindo, de boca em boca, até que um dia uma barulhenta e perturbadora carreata parou bem em frente ao boteco que outrora Jonas frequentava, e adivinhem quem estava de pé na carroceria no carro principal, com uma faixa enorme acima da cabeça! Adivinhem quem! Quem? O próprio, minha gente! E na faixa se lia: “Votar em Jonas Pereira é votar em trabalho e honestidade.” Jonas desceu do carro e abraçou os amigos, pediu votos e pagou bebidas, sorriu muito e comentou com entusiasmo:
--Um homem com os meus predicados é nascido e feito sob medida para a carreira política.
E o nosso protagonista não só teve os votos dos amigos, como também elegeu-se na condição de um dos políticos mais votados daquelas eleições.


Barão da Mata

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

SITES E PROPAGANDAS ENGANOSAS(2ª PARTE): 'ESTA FÓRMULA É BEM MAIS EFICAZ DO QUE O VIAGRA: EXPERIMENTE"


 O cara entra na Internet, vê um frasco com um líquido numa matéria (patrocinada) que diz que tal remédio isso, aquilo, aquilo outro, que já foi aprovado pela ANVISA e sei lá mais o quê, é a melhor descoberta contra o que quer que seja.  Vai na onda dos caras e encomenda.  Quando o pedido chega (se chega), experimenta, reexperimenta, triexperimenta e não vê nada.  Se leva o produto a análise química, descobre que comprou ódeo de fígado de bacalhau, elixir paregórico, óleo de soja com hortelã e outras inocuidades. Consegue no máximo uma diarreia. Existe entretanto uma hipótese de a coisa surtir efeito: se o sujeito receber uma caixinha com furinhos e uma aranha-armadeira dentro.  Aí é infalível! Vai ter ereções lonquíssimas!  Mas antes vai precisar de uma picada do inseto.  E depois terá de se conformar com o fato de que irá morrer em poucas horas.  Mas a puta ereção será alcançada! 

Uma vez um pilantra (ou um grupo de pilantras) divulgou no Youtube um vídeo com uma mulher matando um cachorrinho após infligir-lhe sofrimentos tão lancinantes que nem ouso aqui relatá-los -- de verdade: a simples lembrança do que vi me faz mal.   Fiquei muito abalado por uns dois meses, e divulguei o material para todos os amantes de animais com que tinha contato, na esperança de que alguém a reconhecesse e denunciasse às autoridades.  Dias depois cliquei num site que dizia que aquela torturadora bestial e monstruosa tinha sido presa e espancada pelas outras presidiárias.  A reclusão era uma mentira;  o martírio acontecera três anos antes de o site divulgá-lo, e ninguém sabia quem era a besta e muito menos que destino tivera depois das barbaridades.   Mais: o acontecido fora nas Filipinas, e nenhuma autoridade pública brasileira, se a identificasse, poderia fazer o que quer que fosse contra ela.  Resumo da história: ajudei os canalhas a viralizar uma sucessão indescritível de crueldades e depois uma inverdade.  Fui, por volta de 2016, um dos otários da Internet.

Dois anos depois enviaram-me um vídeo de um meliante matando um cachorrinho com uma facada. Reclamei com as pessoas que me mandaram a cena deprimente, não repassei e dias depois li que o demônio asqueroso era mexicano e fora assassinado por uma facção de traficantes do México, o que era uma mentira deslavada.  Conferindo a informação, soube que era mentirosa e que o demônio maldito pagara uma muito pequena fiança na delegacia e saiu livre e feliz como um praticante de caridades.  Mais uma vez sofri e caí no ridículo.  Não pudera adivinhar o que havia no vídeo antes de vê-lo, mas cliquei na informação de que o infame forma assassinado, o oque rendeu aos crápulas da Internet mais um acesso.  Mais uma vez fui idiota.

Por tudo isso volto a recomendar:  não clique jamais em postagens de notícias fantásticas, de descobertas impressionantes.  Confira nos sites confiáveis (eles existem, sim! Não generalize), mas informe-se por sites da imprensa real, autêntica, pois há muitos calhordas postando mentiras absurdas e ganhando dinheiro às nossas custas.  Você não pode adivinhar o desfecho dos vídeos que recebe, mas tem plenas condições de não ajudar a dar visibilidade a vagabundos.


Barão da Mata


SITES E PROPAGANDAS ENGANOSAS (1ª PARTE): MENINO PENSOU QUE TINHA UM CACHORRINHO DENTRO DA CAIXA E LEVOU UM SUSTO AO VER O QUE HAVIA"

  Você vê a chamada, clica e lê um texto enorme e repetitivo: "O menino queria muito ganhar um cachorrinho. Não importava a raça.  E seu pai prometeu que lhe daria um cão."  Eles repetem o trecho 4, 5, 8 vezes e, após cansá-lo meia hora com o texto, escrevem: "Como dissemos, o menino muito queria um cãozinho, e o pai lhe prometera."  

São postagens de malandros brasileiros e estrangeiros, que não têm nada de fantástico ou relevante pra apresentar e no entanto obrigam-no a perder um tempo enorme com uma besteira  que dão a esse caras milhões de acessos e remuneração cujo tamanho não imagino.  Você clica, e não importa se continua lendo: mais um acesso pra eles.



Não clique, não leia, não olhe.  Não entre em sites e matérias que vendem  ou dizem coisas mirabolantes.   Se for ver o que é, não encontra nada de mais: foi atraído pela curiosidade perdeu seu tempo à toa.

O Brasil, que sequer consegue aprovar uma lei contra as "fake news", se obtiver sucesso,  a tal lei será inócua, não terá nenhum efeito prático, porque o Congresso, com uma maioria de políticos sem pudor e que em geral se valem de mentiras pra se eleger e reeleger, não tem nenhum interesse em empreender qualquer mudança nessa situação, que favorece antes de tudo a extrema-direita representada pelo bolsonarismo, que é veemente e intransigentemente apoiado pelas elites e da inverdade é que principalmente se alimenta..   Imagine:  se nem legislar contra calúnia e infâmia o país consegue, não fará nada no sentido de combater a propaganda e a postagem enganosa.

Não se informe portanto pela Internet, a não ser por meio de  sites tradicionais em veicular notícias, pois   do contrário será mais um dos tantos palhaços nas plataformas digitais.


Barão da Mata

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

CANTOR BREGANEJO É FLAGRADO AGREDINDO OS OUVIDOS DO PÚBLICO

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BOLETIM DO CRIME

O seu jornal com suco de sangue

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CANTOR BREGANEJO É FLAGRADO 

AGREDINDO OS OUVIDOS DO PÚBLICO



Foi dramática a cena: o cantor sertanejo universitário, Bregaldo Brega, do alto do palco, berrava distorção, atingindo os ouvidos de mais de 5.000 pessoas, das quais milhares também gritavam (provavelmente de dor nos seus estuprados ouvidos), dançavam, faziam evoluções, enquanto algumas fãs tentavam desesperadamente subir no mesmo palco, talvez na tentativa de de tapar a boca do cruel intérprete.

O caso foi parar na Zerésima Delegacia Policial, onde o artista foi autuado por atentado ao bom-gosto.    

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou que o episódio é natural, já que tudo na vida, salvo nele,  tem de doer, ou do contrário não teria colocado num viaduto do Estado o nome de Coronel Erasmo Dias.

(leia na página 3.666)

terça-feira, 7 de novembro de 2023

HERCULANO ÉBRIO, BRENO ESTERCO E ROSINHA, A GOSTOSINHA

A falta de pessoal pra trabalhar aqui no blog fez que eu pedisse a "Os Pensadores de Birosca" que me emprestassem alguns personagens.  O meu pedido foi gentilmente atendido pelos amigos de lá  d' "Os Pensadores..."   Ah! Ia-me esquecendo de dizer que o único pensador de birosca remanescente no outro blog sou eu.   Mas fui amigo  e cedi gentilmente os personagens assim mesmo.
Para quem não conhece essas figuras, são elas:
1 - HERCULANO ÉBRIO, O BÊBADO, irreverente,  alcoólatra por excelência e por princípio, por devoção, dedicação, que sabe valorizar um bom conhaque, uma boa cerveja, um bom rum, uma boa cachaça, uma boa vodca, uma boa tequila, um bom absinto... Melhor parar de enumerar, senão vou gastar uma semana inteira citando as bebidas que Herculano ama e venera como se fora um verdadeiro trovador.  Por mais que perca  o equilíbrio ( e a sobriedade,  o juízo, o norte,  a compostura, etc ), nosso querido ébrio tem um lema que, em toda a elevação do seu alcoolismo, faz sempre questão de repetir: "Bêbado sempre, burro jamais." 
2- BRENO ESTERCO, O "PITTY BOY", participante apaixonado de pegas e rachas, linchamentos, arruaças, festas barulhentas e longas em condomínios e locais públicos,  assédios sexuais e outras coisas horríveis, brigas de gangues, quebra-quebras e outras práticas nada nobres.  Inclusive por pouco não foi preso no 8 de janeiro.  Passara mais de dois meses reunido aos antidemocratas, em frente a um quartel-general de Brasília, onde foi tratado com muita amabilidade pelos militares, mas no momento da invasão, porém, foi acometido de um tremendo desarranjo intestinal.  Herculano comentaria depois que a diarreia fora cerebral.  Mas voltemos ao "amigo" Esterco.   A sua salvação foi o piriri ser tão longo que, quando os vândalos foram presos, ele ainda tava agachado numa moita do Lago Norte.
3- ROSINHA, A GOSTOSINHA, que prima pela sensualidade, com tanto fervor e entrega, que, além decotar-se e fazer absoluta questão de usar transparências, costuma pensar em sexo durante 24 horas por dia.  Digo 24 horas porque mesmo dormindo não tem outro pensamento, já que sempre tem sonhos eróticos.  Também ela esteve reunida com os que tentaram atentar contra a democracia, e igualmente a Breno Esterco foi bafejada pela sorte, numa coincidência fenomenal.  Saiu atrás de Breno Esterco quando ele procurou um local escondido pra fazer suas necessidades, pois estava ávida de praticar sexo com o "pitty boy", e, vendo-o naquela situação, ficou diante do homem, parada, solidária e excitada, aguardando-o  terminar aquela verdadeira "via crucis".   Rosinha, aliás, não participou daquelas reuniões golpistas por ideologia ou preferência política, mas porque o arruaceiro, conforme costuma ela declarar, sempre fora o primeiro entre os seus dezesseis parceiros preferidos, e era-lhe impossível ficar longe dele.










Barão da Mata
 

domingo, 5 de novembro de 2023

POR QUE MAMÃO COM BANANA

O blog bem se podia chamar "Mamão com banana, maçã, abacaxi, pêssego, kiwi, etc" ou simplesmente "Salada de Frutas", mas, como o Brasil empobreceu ainda mais depois da pandemia, a salada ficou reduzida a só duas frutas.

Se você não gostar, asseguro que ao menos não vai se entalar com tão pobre salada.


Barão da Mata

PACHECO, O SONSO

Rodrigo Pacheco tá malandramente colocando em votação as amarras ao STF, com pautas como a criminalização do simples porte de uma ínfima bituca de maconha (isso é mais grave que crime financeiro com rombo de bilhões) e a limitação da Corte em vários outros aspectos. Diz que a Constituição não é pétrea, mas esqueceu-se de ensinar isso aos Estados Unidos, cuja Carta Magna sofreu apenas  26 emendas desde sua promulgação, em  1787, e é país   em que todo político alega se espelhar quando quer aprovar matéria de seu interesse pessoal.  Fisiológico, membro do "Centrão" com tatuagem no braço  e carteirinha colorida no bolso, bancando o moderado e posando sempre de democrata, Pacheco é o extremista de direita mais sonso  do Brasil.

Barão da Mata


QUE DESALENTO!!!

 Como se não bastassem Eduardo e Flávio Bolsonaro, Hamílton Mourão, Bia Kicis,  Damares Alves, o que se pode esperar  de um país que tem parlamentares como Abílio Brunini, Kim Kataguiri e Nikolas Ferreira?




Barão da Mata

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

POR QUE O BOZO NÃO CAIU NO PORNÔ?


 Não entendi por que Bolsonaro, declarado imbrochável por seus seguidores (louvadores de p**oca) no 7.9.22, não se resignou ao invés de criar tanto problema e não abraçou  uma atividade pornô...

Ah!... Desculpa... Não precisa...


Barão da Mata

A RECOMPENSA AOS LADRÕES RICOS

Enquanto Dias Toffoli, André Mendonça e Kássio Nunes  se contrapuseram ao princípio da insignificância para homem que furtou três pacotes de lenço umedecido e uma lata de leite em pó,  no valor total  de R$ 62,00, e condenaram à prisão um homem de 28 anos, os cofres públicos sempre sofreram e continuam sofrendo roubos de bilhões de reais, e todos os ladrões vão muito bem, obrigado -- e a cada dia mais ricos e poderosos, com a carreira política intocada e incólume.  No Brasil roubar é crime pra quem não tem poder econômico.

ADEMAR BOSTA NATO


 Fico impressionado com o simples fato de a mídia referir-se com profundo respeito e reverência o tal do Ademar Bosta Nato, que já  esteve preso por corrupção e  junto com Boçalnaro mentiu acerca  das urnas eletrônicas, defendeu com unhas e dentes o ex-presidente e continuou tumultuando o processo eleitoral mesmo depois de os dois serem derrotados.

Um homem como esse é digno de escárnio, desprezo e de ter para si fechadas todas as portas dos veículos de comunicação, que, de tão reacionários, são tão ridículos quanto ele, Bosta Nato.


Barão da Mata